quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Obra do meu bebe

É, amanheceu. E eu não senti que o vento insistia em me tirar dali. Era uma coisa simples de fazer, primeiro eu tomo conhecimento dos pés e finalmente minhas mãos se lembraram de tocar os olhos. Geralmente é assim que acontece, agente insisti em desacreditar que acabou aquele sonho, mas existe sempre um pesadelo real prestes a acontecer. Não há motivos, aquela árvore me contou um segredo durante a noite, todas as suas folhas desapareceram no outono, e ela não sabe como reagir, a não ser, assombrando todos os que por ali passam com seus galhos secos em uma noite de lua cheia. É o que ela sente, você pode não saber, mas agora eu sei. Sabe por que? Pois eu simplesmente, acabo de descobrir que estou coberta pelo manto da terra, e apesar de querer, eu não posso levantar, meus pés não podem mexer e minhas mão não podem tocar meus olho, afinal, estou aqui, singelamente deitado em profundo entorno de amor daqueles que ainda vivem.

Mesmo que sem mim.

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